Tem sido muito recorrente os desentendimentos entre membros de aplicativos de mensagens instantâneas, como WhatsApp e Telegram, e, algumas vezes, estas discussões resultam em ofensas ou até em ameaças mais sérias.
Como deve agir o administrador do grupo em situações como essas?
Ao contrário do que muita gente pensa, a internet não é “terra de ninguém”.
Decisões recentes de tribunais do Brasil mostram que administradores de grupos de WhatsApp são responsáveis por ofensas feitas por membros, caso não ajam para impedi-las ou coibi-las.
O criador do grupo não tem função de moderador, mas é designado administrador por ter o poder de adicionar ou retirar qualquer pessoa do grupo.
Para evitar que isso aconteça, o administrador deve:
- Criar regras claras e objetivas sobre o objetivo do grupo e assuntos proibidos. É necessário deixar explícito que não serão admitidos racismo, ofensas ou qualquer forma de intolerância, sob pena de exclusão. Lembre-se de adicionar as regras à descrição do grupo;
- Não coloque ninguém no grupo sem perguntar se a pessoa quer participar. O ideal é que a pessoa entre por livre vontade, por meio de um link enviado a ela, e possa sair quando quiser;
- Acompanhe sempre o que acontece no grupo e alerte os membros imediatamente caso iniciem uma discussão sobre algum tema fora do aceitável ou tenham um comportamento inadequado. Se necessário, exclua o participante causador da discórdia;
- Avalie colocar todos os membros do grupo como administradores ou, então, selecionar alguns membros para dividir essa responsabilidade com você e ajudar a tomar decisões;
- Para grupos com intuito meramente informativo, há a opção de configurar o grupo para que apenas o administrador envie mensagens, sem a possibilidade de interação entre os membros;
- Faça o backup das mensagens do grupo com frequência, caso seja necessário usá-las como prova em um processo;